O advento dos blogues políticos em Portugal conhece um desenvolvimento similar ao dos restantes tipos de blogue.
A explosão do fenómeno "blogueiro" dá-se em 2003, mercê da mediatização à volta da entrada de figuras públicas na blogosfera, com o expoente máximo
Ao mesmo tempo, surgiam outros blogues que marcavam posição à direita - A Coluna Infame, por Pedro Mexia, Pedro Lomba e João Pereira Coutinho, e à esquerda - Blogue de Esquerda, por José Mário Silva, Manuel Deniz Silva e Daniel Oliveira, numa primeira fase; e País Relativo por Mariana Vieira da Silva, Pedro Adão e Silva, Mark Kirkby e Filipe Nunes. Esta polarização dos blogues políticos veio também criar um precedente, na medida em que promove o debate público confrontando facções políticas distintas em questões como a política, a economia, a actualidade, no fundo, num espaço público que não a televisão, antiga monopolista da “opinião pública”.
Era a abertura da blogosfera por alguns dos cronistas da imprensa de monta nacional. Muitos destes já cessaram a sua contribuição no mundo virtual, muito por culpa das quezílias que as diferentes perspectivas da política e do mundo propiciam, mas um grande número continua ainda a expor as suas críticas e a sua visão sobre os mais variados assuntos.
Os blogues políticos são, hoje, uma referência no tocante ao comentarismo da actualidade, destacando-se (com as devidas excepções e reservas) pela isenção dos textos, celeridade e confronto de ideias existente, contribuindo também, como é óbvio, para um maior interesse pela política pelo simples e anónimo cidadão.
David Fernandes
João Carvalho
Pedro Guerreiro
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