É curioso que nos refiramos, geralmente, à praxe. Não às praxes. À praxe, singular. Afirmativa. À laia de uniforme, que não é. Como parece sugerir Sérgio Godinho.
Não sendo uniforme, e com a inevitável mudança dos actores no fenómeno da(s) praxe(s), é lógico pensar que nas mesmas, de ano para ano e de espaço para espaço, só conflui o velho mito de “sangue de caloiro” e de um sadismo incurável dos universitários mais velhos, que por sua vez deverá ser herdado pelos caloiros, para anos mais tarde se vingarem, como mandam as normas específicas da vingança, friamente.
Ora isto, senhor Sérgio Godinho, é (ou poderá ser) pouco mais que mito. Não existe a praxe. Existem praxes, as praxes, dependentes – sempre – dos actores que nela intervêm. E se a praxe é propriedade de quem a pratica, ela está, claro, sujeita ao que o “veterano”, “doutor”, “académico”, - escolham conforme o gosto – percepciona do rito de integração na academia.
Pessoalmente, apraz-me referir que as minhas praxes foram bons exemplos de integração na vida académica e que, de maneira nenhuma, me senti lesado na minha integridade, física ou moral, tendo tentado, recentemente, seguir o exemplo dado pelos meus “superiores”.
Mas isto foi a praxe, a minha, a única que conheço. Sobre a de outros não opino.
Thursday, October 12, 2006
"Maçã com Bicho", Sérgio Godinho
Comentário à música "Maçã com bicho" de Sérgio Godinho
Com recurso a onomatopeias e a exemplos de situações muitas vezes presentes nas praxes ("(...)lamber de quatro o chão(...)"), estas são apresentadas como sendo uma "maçã com bicho", algo que por fora parece bom, revestindo-se de significados académicos e apresentando-se como um ritual de integração na academia, mas que na realidade está podre, pois serve apenas como uma forma de humilhar aqueles que chegam agora a um novo meio académico, muitas vezes inseguros por virem de um meio diferente.A praxe passa então a ser apresentada como uma tradição desvirtuada, sem o propósito que deveria ter.
Apelativa às memórias de cada um, faz pensar aqueles que já passaram ou irão passar pelas praxes na validade das mesmas.
Texto elaborado por: Rita Jorge, nº 28232
Wednesday, October 11, 2006
Weblogs, webrings e comunidades virtuais
- Micro-conteúdo (pequenas porções de texto)
- Actualização frequente (Ex.: os “posts” são actualizações feitas em pequenas porções).
Os weblogs dividem-se em categorias:
- Diários electrónicos - são weblogs cujo objectivo é registar os pensamentos, a vida quotidiana do seu autor.
- Publicações electrónicas – destina-se à informação (revistas, notícias, comentários).
- Publicações mistas – mistura entre “posts” pessoais e “posts” informativos.
As comunidades virtuais são estruturadas em grupos de pessoas que estabelecem entre si relações sociais, de uma forma dinâmica.
O Virtual settlement é um “lugar” no ciberespaço ao qual se associa a uma comunidade virtual. Os indivíduos participantes da comunidade encontram-se para estabelecer relações sociais (ex.: sala de chat). O ciberespaço é visto como um lugar de circulação de informação. Assim, o blog funciona como uma representação do “bloggeiro” no ciberespaço. Daí, que seja importante a criação de dinamismo e interacção mútua nos comentários.
Os webrings são compostos pelo “blog”, pelo círculo de “bloggeiros” e dos seus comentários e do suporte tecnológico da comunidade virtual.
Surge a ideia dos weblogs com agregadores sociais, ou seja, a forma como é visto o indivíduo através do blog. Os weblogs podem funcionar como elementos de representação do “eu” de cada um, e através dos blogs os indivíduos mostram as diversas facetas da sua personalidade. O “layout” do blog faz parte dessa visão do “eu”, que vai desde as cores, os elementos, as imagens, tudo isto deixa transparecer essa percepção do “eu” fragmentado. Assim, o weblog representa um ser, os pensamentos de cada um.
Isa Patrício e Joana Caroço
Tuesday, October 10, 2006
Comentário: "Maçã com bicho",Sérgio Godinho
Comentário: Maçã com Bicho, de Sérgio Godinho

Para Godinho, a praxe é algo podre e decadente que atenta contra a moral e bem-estar pessoal do indivíduo. Uma prática que não se traduzirá em benefícios, que não ascenderá ninguém aos céus, ao contrário daquilo que evocam como sendo uma “lição de vida”, um divertimento que promove a união.