Sunday, October 22, 2006

Resumo de: "Blogues políticos em Portugal: o dispositivo criou novos actores?" de João Canavilhas

No final dos anos 90 nasce uma nova ferramenta de comunicação via Internet, os blogs.
Estes dispositivos de comunicação revelaram-se muito importantes devido ao seu baixo custo e à facilidade de manuseamento.
O crescimento rápido e exponencial dos blogs deveu-se ao aparecimento do “Blogger”(a ferramenta para criar os blogs) e do “Blogspot”(o local para os registar).
Em Portugal o recurso a blogs teve o seu momento de expansão a partir da chegada de Pacheco Pereira à blogosfera. Este facto atraiu o interesse dos Média e deu visibilidade ao fenómeno “blog”, aguçando a curiosidade do público.
Por volta de 2003 e na evolução do fenómeno “blog” a maior parte dos blogs em português eram relativos à política e ao humor.
Assim, criou-se uma ainda maior dicotomia entre a esquerda e a direita políticas.
Devido às divergências entre estas duas facções na blogosfera surgiu a “UBL”, “união dos blogs livres para promover a liberdade e a tolerância no universo da blogosfera de língua portuguesa”.
O sucesso dos blogs políticos advém sobretudo ta facilidade e liberdade de acesso, assim a blogosfera tornou-se num espaço de discussão muito concorrido a fervilhar de ideias e opiniões.
A grande diferença e vantagem dos blogs é a sua independência em relação ao governo ou às pressões económicas, conseguindo assim um desprendimento que dá azo à liberdade ilimitada de opinião e debate.
Com a mediatização dos blogs os políticos foram obrigados a prestar mais atenção ao que se passava na blogosfera, pois qualquer acontecimento político ou mediático tinha efeitos imediatos neste mundo de debate e discussão.
A partir deste momento os próprios políticos passaram a utilizar os blogs em seu próprio proveito, fazendo blogs de campanha ou dos próprios partidos.
Assim os blogs podem ser considerados como instrumentos fundamentais para a política moderna.
A par do aparecimento dos blogs apareceram também os jornais on-line, onde se criou o conceito de jornalismo participativo, neste tipo de jornalismo qualquer pessoa pode ser o jornalista enviando notícias para serem publicadas on-line.
A grande diferença entre os blogs e os jornais deste género é a quantidade de administradores que filtra as informações. A maior semelhança é a partilha de opiniões.
As quatro principais razões que justificam a ligação a médiasfera e a blogosfera são os benefícios materiais, visto os blogs de jornais e de jornalistas serem uma oferta gratuita com credibilidade; as redes pessoais dos próprios jornalistas, visto muitos deles terem blogs; a especialização, visto que os bloggers são de uma enorme diversidade cultural, o que permite a especialização em diversos assuntos; e a velocidade, visto que nos blogs o assunto pode ser tratado em tempo real e no imediato.
Tal como os Média e os políticos, os blogs também têm de criar a sua credibilidade e o seu público para terem audiência.
Uma das formas de medir essa credibilidade e popularidade é o número de links que remetem para esse blog, outra das formas é o número de visitas do blog.
Num estudo feito a 51 blogs políticos podemos verificar que em geral as principais motivações dos bloggers são a vontade de informar e ser informado e a necessidade de ter uma intervenção cívica.
Assim podemos concluir que os blogs são não só um importante meio de comunicação, mas também uma forte arma política.

Ana Isa 28203
Hugo Mendes28216
Patrícia Martins
Fábio Ventura

2 comments:

Pedro F. Guerreiro said...

Errata.
Média escrito com acento.
Media.

Joana Caroço said...

Conforme temos debatido nas aulas anteriores, o blog tem-se constituído uma importante arma política. Além disso, o blog garante o exercício da cidadania, ou seja uma interacção constante. Como o Prof. Dr. Alex Primo referia, hoje em dia, quem possui um computador com ligação à Internet ergue a sua voz e manifesta o seu interesse nos assuntos correntes, quer sejam eles ligados à política, à economia, etc. Como o blog é um sistema relativamente acessível, promove este tipo de situações. É interessante olharmos para esta interacção como uma mais-valia, um processo pelo qual, tanto políticos como jornalistas, analisam mais facilmente as necessidades daqueles pelos quais foram eleitos.